A CAS (Corte Arbitral do Esporte) rejeitou o recurso apresentado pelo Comitê Paralímpico da Rússia nesta terça-feira (23/08) e manteve o banimento da delegação do país dos Jogos Paralímpicos, que iniciam em 7 de setembro no Rio de Janeiro.
A sentença confirmou a decisão do IPC (Comitê Paralímpico Internacional), que em 7 de agosto suspendeu todos os atletas russos.
Em um comunicado, a CAS declarou que o IPC “não violou nenhuma regra de procedimento” ao banir os atletas russos há duas semanas. “[A] decisão de banir [a delegação russa] foi feita de acordo com as Regras do IPC e foi proporcional nas circunstâncias”, afirma a nota.
Após o anúncio, o IPC se disse "satisfeito" com a punição e anunciou que irá começar a redistribuir as 267 vagas paralímpicas que pertenciam aos russos para outras nações.
Já o ministro do Esporte da Rússia, Vitaly Mutko, criticou a sentença e afirmou que a decisão "é política e não esportiva".
O banimento russo tem como base um relatório apresentado por uma comissão independente liderada pelo canadense Richard McLaren. O documento, feito a pedido da Wada (Agência Mundial Antidoping), indicou um "doping sistêmico e de Estado" dos atletas russos. O esquema para encobrir casos de doping de atletas do país entre 2011 e 2015 teria sido liderado pelo ministro Mutko, com conhecimento de autoridades do governo russo.
O caso fez com que toda a delegação de atletismo do país fosse suspensa dos Jogos Oliímpicos no Rio neste mês pela IAAF (Federação Internacional de Atletismo, na sigla em inglês).
A decisão da CAS foi contrária ao parecer emitido pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), que deu às federações esportivas a liberdade para permitir ou não a presença dos russos nos Jogos Olímpicos do Rio.