Centenas de pessoas participaram em Ascoli Piceno, na província de Marcas, neste sábado (27/08), de um funeral coletivo para velar dezenas de vítimas do terremoto que atingiu a região central da Itália nesta quarta-feira (24/08), matando centenas de pessoas.
O presidente da Itália, Sergio Mattarella, e o primeiro-ministro, Matteo Renzi, assistiram à cerimônia, organizada em um ginásio poliesportivo ao lado do Hospital Mazzoni, onde estão os caixões de 35 mortos na tragédia.
O primeiro ato oficial após o luto nacional pela catástrofe ocorre horas depois de ser divulgado o novo balanço da tragédia, que aponta 290 mortos em função do terremoto.
A maioria das vítimas fatais é da cidade de Amatrice, na região do Lácio, a mais afetada pelo terremoto de magnitude 6,2 graus na escala Richter.
O funeral é presidido pelo bispo Giovanni D'Ercole, que falou os nomes dos 35 mortos que estão sendo velados no funeral, que tem presença de familiares das vítimas e algumas das milhares de pessoas que participam do resgate e assistência aos sobreviventes.
O bispo, em sua homilia, afirmou que os campanários das localidades atingidas pelo terremoto "caíram e não tocam mais", mas que "voltarão a tocar e recuperarão o som da manhã da Páscoa".
Investigação
A Procuradoria do município informou neste sábado que abriu uma investigação formal sobre o terremoto que atingiu diversas cidades da região.
A decisão de Ascoli Piceno segue a medida anunciada pelo procuradores da província de Rieti.
O pedido foi feito com base no capítulo 45 da lei italiana, que trata de atos que não caracterizam crimes, e que visam identificar danos e possíveis problemas que causaram a morte de cidadãos locais.
Com base nos dados, será possível apontar possíveis responsabilidades relativas às construções ou ao consolidamento sísmico das residências. Em algumas das casas destruídas na quarta-feira haviam sido danificadas por outro terremoto ocorrido em 1997.