O presidente do Irã e candidato à reeleição, Hassan Rouhani, teve sua vitória confirmada neste sábado (20/05), após as eleições realizadas ontem, conquistando 57% dos votos, segundo os resultados finais.
O ministro do Interior, Abdolreza Rahmani Fazli, anunciou em entrevista coletiva que Rouhani, presidente desde agosto de 2013, obteve mais de 23 milhões de votos. Seu principal rival, o clérigo conservador Ebrahim Raisi, conseguiu mais de 15 milhões, equivalente a 38,5% dos votos.
Os outros dois candidatos, os ex-ministros Mostafa Mir-Salim e Mostafa Hashemitaba, obtiveram aproximadamente 478 mil e 245 mil votos, respectivamente.
Fazli disse, na sede do Ministério do Interior, que já foram apurados 99,7% dos votos, de modo que os resultados são definitivos.
O ministro não confirmou o número dos iranianos que foram às urnas, mas superou a marca de 70%, já que votaram mais de 41 milhões de pessoas dos 56,4 milhões com direito a voto.
As urnas abriram ontem às 8h da manhã (hora local, 1h em Brasília) e deviam ser fechadas às 19h locais. Porém, devido à grande afluência de eleitores, o pleito foi prorrogado até a meia noite, e só não se estendeu mais porque o processo deveria acontecer estritamente no dia 19 de maio, segundo a lei iraniana.
"Hoje é um grande capítulo de honra na história do Irã. O povo iraniano mostrou ao mundo que nós somos defensores da Revolução Islâmica e estamos unidos", afirmou.
O ministro também destacou que o povo iraniano protagonizou "uma epopeia com a sua grande participação" e desta forma determinou "o seu destino".
A Comissão Eleitoral divulgou resultados preliminares em duas ocasiões desde o início do dia no Irã, que já apontavam a vitória de Rouhani, da tendência política mais moderada no país.
A disputa eleitoral ficou dividida entre Rouhani e Raisi, sobretudo com a desistência do prefeito de Teerã, Mohammad Bagher Ghalibaf, e se transformou em uma espécie de plebiscito sobre o projeto moderado e de abertura do atual presidente.
A principal vantagem de Hassan Rouhani foi o acordo nuclear assinado em julho de 2015 e a recuperação econômica do país, graças ao levantamento das sanções.
O governante também insistiu durante a campanha eleitoral na sua defesa dos direitos civis e as liberdades pessoais, que – em sua opinião – estavam em perigo conservadores retornassem ao poder.
O líder da Revolução Islâmica, o aiatolá