O Exército da Coreia do Sul realizou nesta quinta-feira (06/07) novas manobras com fogo real, incluindo o lançamento de vários mísseis guiados, em uma nova demonstração de força para responder o último teste de um projétil intercontinental realizado pela Coreia do Norte.
O exercício, realizado nas águas do mar do Japão, envolveu a Marinha e força aérea e, no transcurso das manobras, foram disparados mísseis antinavio Haeseong e Harpoon, bem como os ar-terra AGM-65 Maverick.
O treinamento acontece dois dias depois de a Coreia do Norte lançar seu primeiro míssil balístico intercontinental (ICBM) e, no dia seguinte, de os exércitos sul-coreano e norte-americano também realizarem testes de mísseis para responder Pyongyang.
Este novo avanço bélico norte-coreano eleva ainda mais a tensão na península e constitui um elemento que pode modificar a abordagem diplomática e estratégica de Washington para a região.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, repetiu nesta quarta (05/07) as insinuações de ataque preventivo que o governo de Donald Trump realizou diante da intensificação dos testes de armas norte-coreanos nos últimos meses.
Trump em Varsóvia
Trump advertiu nesta quinta em Varsóvia que haverá "consequências" por causa da conduta "má" e "perigosa" da Coreia do Norte, afirmando que "deverá fazer algo a respeito".
Em coletiva de imprensa conjunta com seu colega polonês, Andrzej Duda, Trump disse que não quer que a Coreia do Norte se transforme em uma nova Síria e pediu às nações aliadas que se somem não só para combater o terrorismo jihadista, mas também à ameaça de Pyongyang.
Trump acrescentou que o governo norte-americano está analisando várias respostas "severas" à atitude de Pyongyang, mas não quis entrar em detalhes ao ser perguntado sobre uma possível reação militar dos EUA contra a Coreia do Norte.