Em anúncios separados, governo e oposição na Venezuela disseram na noite desta quinta-feira (09/11) que se encontrarão no próximo dia 15 de novembro na República Dominicana pela “convivência política” no país.
“Está em preparação documento conjunto para acordos no marco da convivência e da paz que tanto amamos e merecemos nós venezuelanos”, afirmou, pelo Twitter, o ministro de Comunicação e Informação da Venezuela, Jorge Rodríguez.
Por sua vez, o líder da MUD, principal força de oposição no país, Luis Florido, se disse pronto para “abordar este processo de facilitação”. “Sabemos que nestes processos internacionais, o fundamental é a formalidade, e assim o temos feito”, disse. A mesa de diálogo foi abandonada pelos dirigentes de direita no final de 2016.
O processo será garantido por representantes de países vizinhos. Por parte da oposição, acompanham as conversas Chile, México e Paraguai; do governo, Bolívia e Nicarágua.
Estados Unidos
O anúncio de diálogo aconteceu no mesmo dia em que o governo dos Estados Unidos anunciou uma nova rodada de sanções contra altos funcionários do governo da Venezuela.
Na lista dos sancionados, estão Socorro Hernández e Sandra Oblitas, do Conselho Nacional Eleitoral; Jorge Márquez Monsalve, ministro do Despacho da Presidência; Freddy Bernal, ministro da Agricultura Urbana; e o ex-ministro de Comunicação e Informação Ernesto Villegas.
“Não é casual que Donald Trump imponha novas sanções hoje, no dia em que a direita venezuelana anuncia a disposição para continuar o diálogo nacional”, afirmou Rodríguez. “Ao regime supremacista estadunidense, o que menos convém é que se consolide a paz na Venezuela.”
O chanceler do país, Jorge Arreaza, rechaçou as sanções. “A Venezuela é um país livre, independente e soberano que exercerá permanentemente seu direito à autodeterminação”, disse, pelo Twitter.