As autoridades locais da Guatemala informaram nesta terça-feira (06/06) que subiu para 69 o número de mortos em decorrência da erupção do Vulcão de Fogo, que atingiu o país no último domingo (03/06).
“O trabalho científico da equipe de especialista contabiliza 69 pessoas falecidas”, afirmou o direto do Instituto Nacional de Ciências Forenses (Inacif), Fanuel García. Segundo ele, os corpos passam agora por um processo de identificação e, até o momento, 17 deles foram analisados.
Ao todo, 3,2 mil pessoas foram evacuadas de vilarejos próximos ao local do acidente. Ainda segundo informações, 46 pessoas ficaram feridas durante o desastre.
Com 3.763 metros de altura, o vulcão fica entre os departamentos de Escuintla, Chimaltenango e Sacatepéquez, que foram as regiões mais afetadas pela erupção, considerada a mais forte desde 1974.
A erupção liberou cinzas negras que atingiram 10 mil metros de altura e cobriram as casas dos municípios de San Pedro Yepocapa e Sangre de Cristo. As operações no aeroporto internacional La Aurora, na Cidade da Guatemala, foram encerradas. Esta é a segunda vez em 2018 que o Vulcão de Fogo entra em erupção.
Similar a Pompeia
Para o vulcanologista Piergiorgio Scarlato, do Instituto Nacional Italiano de Geofísica e Vulcanologia (INGV), os efeitos da erupção do vulcão na Guatemala podem ser comparados com o vulcão Vesúvio, na Itália, em sua erupção no ano de 79 d.C., que devastou e soterrou a cidade de Pompeia.
"O impacto dessa erupção sobre a população é parecida com o de Pompeia. O Vesúvio, na erupção de 79 d.C., produziu uma coluna de gás e cinzas de 20 km a 25 km que, colapsando sobre si mesma, também gerou um fluxo piroclástico parecido com o Vulcão de Fogo", disse o especialista à agência ANSA.
Segundo Scarlato, a erupção do vulcão atingiu uma temperatura de ao menos 700ºC e o material vulcânico se locomoveu a 100 km/h.