Os protestos deste sábado (09/03) dos chamados "coletes amarelos" incluem um "flash mob" no aeroporto de Roissy e uma convocação e a instalação de um acampamento em Champ de Mars, perto da Torre Eiffel. Nesta sexta-feira (08/03) à noite, cerca de 30 manifestantes tentaram erguer tendas próximas do monumento, mas foram rapidamente retirados pelos policiais.
O objetivo, asseguram alguns dos representantes do movimento, caracterizado pela ausência de um líder, é “retomar o espírito” inicial dos protestos e aumentar a pressão sobre Macron, que registrou um aumento de sua popularidade depois de promover o debate nacional.
A discussão, lançada para responder às reivindicações da contestação social lançada pelos coletes amarelos em novembro, teve ampla participação dos cidadãos e melhorou a popularidade do chefe de Estado, em queda desde o início do movimento. Esta foi a pior crise enfrentada pelo presidente francês desde sua eleição, em 2017.
Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, nesta sexta-feira (08/03), as representantes dos "coletes amarelos" também organizam na avenida Champs Elysées. A manifestação começou por volta das 11h da manhã no horário local (7h em Brasília).
Depois de quase quatro meses de existência, o movimento se mantém em parte graças às redes sociais, mas perde força. Na semana passada, 39 mil manifestantes foram às ruas em toda a França e 4 mil em Paris. No primeiro fim-de-semana de protestos, em 17 de novembro, foram contabilizados 282 mil pessoas participantes.
Os coletes amarelos surgiram em protesto ao aumento do imposto sobre o preço dos combustíveis e se transformou em um movimento de trabalhadores pobres e de classe média contra a queda do poder aquisitivo na França nos últimos anos.