O Grupo de Puebla, organismo que reúne líderes progressistas de vários países da América Latina e da Europa, divulgou nota nesta quarta-feira (11/09) em que repudia a decisão do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) de invocar o Tratado de Assistência Recíproca (Tiar) contra a Venezuela.
A iniciativa, apresentada pela Colômbia, pode abrir caminho para uma intervenção militar na Venezuela.
Em nota, o Grupo de Puebla classificou o Tiar como um instrumento "arcaico para intervenções militares. nos países da América Latina durante a Guerra Fria".
"Enfatizamos que o uso da força e a militarização das fronteiras apenas agravariam o conflito, sujeitando seu povo a um sofrimento maior e criando um clima de tensão com os países vizinhos suscetíveis à escalada a qualquer momento", diz a nota.
O documento é assinado por líderes como o ex-chanceler brasileiro Celso Amorim, os ex-presidentes do Equador Rafael Correa e do Paraguai, Fernando Lugo, do ex-prefeito Fernando Haddad, do ex-ministro Aloizio Mercadante e outros líderes progressistas.