A Suprema Corte do Chile condenou nesta segunda-feira (07/10) 22 ex-agentes de repressão da ditadura militar chilena de Augusto Pinochet pelo desaparecimento de dois militantes de esquerda durante o regime.
Segundo a Justiça, as vítimas, Héctor Zúñiga Tapia e Bernardo de Castro López, foram sequestrados em meados de setembro de 1974 dentro de um projeto do regime chamado Operação Colombo, que serviu para esconder o desaparecimento de 119 presos políticos.
Todos os condenados já cumprem prisão por outros processos nos quais foram condenados por crimes cometidos durante a ditadura. Além disso, a sentença envolveu os principais ex-agentes da Direção de Inteligência Nacional (DINA), polícia secreta que atuava como órgão de repressão do regime ditatorial, como o ex-general Raúl Iturriaga Neumann, e os ex-brigadeiros Pedro Espinoza Bravo e Miguel Krassnoff Martchenko.
Desaparecimento e tortura
Segundo as investigações, Zúñiga, que era militante do Movimiento de Izquierda Revolucionaria (MIR), foi preso por agentes da DINA no dia 16 de setembro de 1974 e passou por vários centros de detenção clandestinos. Por seu desaparecimento, foram condenados a 10 anos de prisão César Manríquez Bravo, Pedro Espinoza Bravo e Miguel Krassnoff Martchenko. Outros cinco ex-agentes receberam a pena de cinco anos de prisão.
Os ex-agentes César Manríquez Bravo, Pedro Espinoza Bravo, Gerardo Urrich González, Manuel Carevic Cubillos e Raúl Iturriaga Neumann foram condenados a 10 anos de prisão pelo desaparecimento do militante do PS. Outros 13 agentes receberam a pena de cinco anos de reclusão pela participação no caso.