Em meio à onda de protestos no Chile, o presidente Sebastián Piñera afirmou na noite deste domingo (20/10) que o país está "em guerra" contra um "inimigo poderoso e implacável". Ao menos 11 pessoas já morreram por conta dos protestos, de acordo com o governo.
“Estamos em guerra contra um inimigo poderoso, implacável, que não respeita nada, nem ninguém, e que está disposto a usar a violência e a delinquência sem nenhum limite, que está disposto a queimar nossos hospitais, o metrô, os supermercados, com o único propósito de produzir o maior dano possível”, disse, em declarações à imprensa. "Estamos bem cientes do fato de que [os protestos] têm graus de organização e logística típicos de uma organização criminal."
O general Javier Iturriaga, que comanda as operações de toque de recolher e as atividades do Exército na crise, se distanciou das afirmações de Piñera e disse não estar “em guerra com ninguém”. “Sou um homem feliz e a verdade é que não estou em guerra com ninguém.”
Aumento no metrô
Os protestos começaram por causa de um aumento de 30 pesos (R$ 0,20) no preço das passagens de metrô, já suspenso pelo governo, mas também miram a desigualdade econômica e o sistema de aposentadorias do país.
Em meio à onda de protestos no Chile, o presidente Sebastián Piñera afirmou na noite deste domingo (20/10) que o país está "em guerra" contra um "inimigo poderoso e implacável". Ao menos 11 pessoas já morreram por conta dos protestos, de acordo com o governo.
“Estamos em guerra contra um inimigo poderoso, implacável, que não respeita nada, nem ninguém, e que está disposto a usar a violência e a delinquência sem nenhum limite, que está disposto a queimar nossos hospitais, o metrô, os supermercados, com o único propósito de produzir o maior dano possível”, disse, em declarações à imprensa. "Estamos bem cientes do fato de que [os protestos] têm graus de organização e logística típicos de uma organização criminal."
O general Javier Iturriaga, que comanda as operações de toque de recolher e as atividades do Exército na crise, se distanciou das afirmações de Piñera e disse não estar “em guerra com ninguém”. “Sou um homem feliz e a verdade é que não estou em guerra com ninguém.”
Aumento no metrô
Os protestos começaram por causa de um aumento de 30 pesos (R$ 0,20) no preço das passagens de metrô, já suspenso pelo governo, mas também miram a desigualdade econômica e o sistema de aposentadorias do país.
As Forças Armadas também ocuparam locais considerados “estratégicos”, como a área em torno de postes de alta tensão, plantas de água potável, aeroportos e portos, em que pese a situação caótica enfrentada pelos passageiros que chegaram neste final de semana ao aeroporto Arturo Merino Benítez, em Santiago, a principal porta de entrada no país. Há relatos de pessoas que precisaram dormir no local por causa do toque de recolher.
Ainda no sábado (19/10), o presidente do Partido Comunista do Chile, o deputado Guilermo Teillier, chegou a pedir a renúncia do presidente afirmando que, se Piñera não pode governar, "o melhor seria que renunciasse e chamasse novas eleições".
"O presidente deve suspender o Estado de Emergência agora, porque o povo já não acredita nele. Tenho a impressão de que o povo não tem medo, não teme a repressão. Então, se ele [Piñera] está renunciando governar, [...] o melhor seria que renunciasse e chamasse novas eleições agora que o povo, com o sentimento que tem no dia de hoje, escolha um novo governante", disse o parlamentar.