O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, afirmou nesta terça-feira (04/02) que apoia a renegociação da dívida argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A declaração veio após o premiê se encontrar com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, no Palácio La Moncloa, sede do governo espanhol. Segundo Madri, Sánchez demonstrou a "solidariedade do governo espanhol para superar a difícil situação econômica e social da Argentina, bem como o apoio no processo de renegociação da dívida".
"A Espanha seguirá sendo ponte entre a América Latina e a União Europeia, [...] Argentina e o resto dos países latino-americanos podem seguir contando com a Espanha como país irmão", diz o texto.
"Hoje voltei a me encontrar com o presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, um grande amigo que aprecio muito. Sempre é gratificante ouvi-lo e ver que compartilhamos visões de mundo. Me ofereceu seu sincero apoio para que a Argentina possa avançar e ficar de pé", afirmou.
O presidente argentino está realizando viagens pela Europa a fim de conseguir apoio para renegociar a dívida do país com o FMI. Ainda nesta terça-feira, Fernández vai a Paris e se encontrará com seu homólogo, Emmanuel Macron.
A dívida argentina com o FMI, contraída pelo ex-presidente neoliberal Mauricio Macri, chega a 57 bilhões de dólares, que vieram como empréstimo feito pelo próprio ex-mandatário. Meses antes de deixar o cargo, o governo Macri chegou a declarar moratória adiando o pagamento de parte de sua dívida de curto prazo. Antes mesmo de assumir o cargo, Fernández já havia afirmado que tal quantia seria impagável pelo país que apostaria na renegociação. Na última quarta-feira (29/01), o Congresso argentino iniciou o debate da lei proposta pelo governo para a renegociação da dívida, considerada prioridade pelo presidente.
Merkel apoia renegociação argentina
Nesta segunda-feira (03/02), Fernández se encontrou com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, em Berlim. A líder do governo alemão também ratificou seu apoio à renegociação da dívida argentina e demonstrou interesse em discutir "possíveis projetos de investimentos entre" os países.
"A Argentina não se encontra em uma situação econômica fácil. E por isso também é importante que conversarmos sobre nossas relações econômicas e pensarmos em como a Alemanha e a Europa podemos apoiar e ajudar a Argentina", disse.