Um atirador deixou dois mortos e dois feridos após perpetrar uma série de ataques nesta segunda-feira (25/07) no sudoeste do Canadá, antes de ser morto a tiros pela polícia.
Relatos anteriores sugeriram que o agressor teria como alvo moradores de rua, mas a informação não foi imediatamente confirmada pelas autoridades de Langley, uma cidade de 130 mil habitantes a cerca de uma hora de Vancouver.
"Posso confirmar que quatro pessoas foram baleadas pelo que se acredita ser um único atirador", disse o chefe de polícia de Langley, Ghalib Bhayani, em entrevista coletiva.
"Ainda estamos investigando para determinar se o atirador agiu sozinho. Enquanto a investigação estiver em andamento, todas as indicações são de que não há mais ninguém envolvido e que não há mais ameaça à segurança pública."
Dois homens foram encontrados sem vida, e um homem e uma mulher ficaram feridos. Segundo as autoridades, a mulher está em estado crítico no hospital.
Bhayani disse que as autoridades ainda estão trabalhando para identificar as vítimas e o suspeito, bem como para estabelecer se há alguma conexão entre eles.
"No momento, estamos determinando a natureza exata de quem são essas pessoas, e não podemos confirmar que elas [as vítimas] são de fato moradoras de rua", declarou o investigador de homicídios David Lee.
A polícia informou ainda que o agressor estava ferido quando foi localizado pelos policiais e que em seguida foi morto a tiros no local pelos agentes.
Os ataques a tiros teriam ocorrido em pelo menos cinco lugares diferentes em Langley. A polícia chegou a pedir que a população evitasse diversas áreas, incluindo o estacionamento de um cassino e um ponto de ônibus.
As autoridades emitiram um alerta de emergência sobre vários disparos envolvendo "vítimas transitórias", o que levou a sugestões de que as vítimas seriam moradoras de rua. O alerta descrevia o suspeito como um homem branco de macacão e camisa camuflada estilo militar.
Ataques no Canadá
Ataques com múltiplos disparos são muito menos comuns no Canadá do que nos Estados Unidos. O país tem leis de armas mais rígidas do que seu vizinho do sul, mas os canadenses ainda podem obter armas de fogo desde que tenham uma licença.
O maior massacre do tipo do Canadá ocorreu em 2020, quando um agressor dirigindo um carro falso de polícia matou 23 pessoas, algumas a tiros e outras em incêndios criminosos, na pequena cidade costeira de Portapique.
Embora a taxa de homicídios por armas de fogo no país seja menos que um quinto da taxa dos EUA, ela ainda é maior do que a de outros países ricos e vem aumentando, de acordo com o departamento governamental de estatísticas.
Em maio, o governo canadense apresentou um pacote de leis de controle de armas que inclui, entre outros pontos, a proibição de venda e compra de revólveres e a suspensão da licença de porte de arma dos envolvidos em violência doméstica.
O projeto de lei, que ressuscita algumas medidas que foram arquivadas no ano passado em meio às eleições nacionais, surgiu apenas uma semana depois que um atirador matou 19 crianças e dois professores em uma escola primária em Uvalde, no estado americano do Texas.
ek (AFP, Reuters)