Apresentada como derrotada, a presidenta argentina Cristina Kirchner está a pouca distância de conseguir comemorar a vitória, em primeiro turno, de seu candidato a Casa Rosada, Daniel Scioli, segundo admitiu até jornal oposicionista Clarín na semana passada.
Não é certo, claro, porque é preciso chegar a 45% dos votos, ou então obter mais de 40% e abrir uma vantagem mínima de 10 pontos sobre o segundo colocado.
Quase todos os levantamentos colocam Sciolli entre 39 e 41%, mas dos votos totais, não dos válidos, e atribuem 30% ou pouco menos a ao líder do Cambiemos, Maurício Macri, coligação da direita. Com isso – e a margem de erro das pesquisas – não é impossível que a eleição seja decidida já em 25 de outubro.
Mesmo com poucas alterações, o quadro nas últimas semanas é de ligeira ascensão de Scioli e pequenas quedas de Maurício Macri e Sergio Masa, seus principais concorrentes.
As projeções de segundo turno, caso aconteça, indicam a mesma diferença dos prognósticos do primeiro turno entre Scioli e Macri: cerca de 10 pontos, também.
De quebra, Macri foi atingido pela denúncia do jornal Tiempo Argentino de que o jornalista Fernando Niembro, comentarista da Fox Sports, através de sua produtora “La Usina” havia irregularmente faturado contratos com o Governo da Cidade de Buenos Aires de US $ 20 milhões durante sua gestão.
Nada mau para um país que aqui é apresentado como “quebrado” pelo “populismo kirchnerista”, não é?