Foto: Aziz Taher/Reuters
Israel iniciou a semana com seu ataque mais agressivo contra o Líbano. Na manhã de hoje (23), o governo sionista de Benjamin Netanyahu matou pelo menos 356 pessoas (dados de 16h, horário de Brasília), incluindo 21 crianças no país vizinho. Feridos são mais de mil. As informações são da emissora qatari Al Jazeera. As investidas fazem parte de um contexto de expansionismo israelense no Oriente Médio, que já deixou mais de 40 mil palestinos mortos na Faixa de Gaza, maioria de civis, particularmente mulheres e crianças.
O Ministério das Relações Exteriores emitiu alerta para os brasileiros não viajarem ao Líbano ou para saírem do país o quanto antes.
A Al Jazeera mantém denúncias sobre o genocídio da população palestina, além dos ataques contra civis de Israel também no Líbano. O Estado sionista já deixa mais jornalistas mortos do que qualquer guerra moderna, inclusive a Segunda Guerra Mundial e a Guerra do Vietnã. Então, o argumento para a censura é de que “escritórios (da televisão) eram utililizados para incentivar o terror, apoiar atividades terroristas. Então, as emissões do canal colocavam em perigo a ordem”.
Israel contra a informação
Trata-se de mais um ataque frontal contra o direito internacional. Israel fecha o escritório de uma televisão do Qatar em território que sequer é seu, mas sim palestino. O trabalho da emisora em Israel já fora censurado em julho, quando os jornalistas da emissora foram expulsos de Israel e a Al Jazeera impedida de atuar no país. “É mais uma afronta à liberdade de imprensa e aos próprios princípios do jornalismo”, completa a emissora.
Aos brasileiros
Enquanto isso, o Ministério das Relações Exteriores reforça o alerta aos brasileiros no Líbano. Trata-se de um país parceiro do Brasil, que recebeu grande número de imigrantes libaneses ao longo dos anos. Então, o número de nacionais no país do Oriente Médio é relevante. “Recomenda-se aos nacionais residentes ou de passagem pelo Líbano que se ausentem do país, por meios próprios, até o retorno à normalidade”, afirma o Itamaraty.
As recomendações estão vigentes desde o dia 25 do agosto, com reforço ontem. “Caso não esteja no Líbano, não viaje ao país; Adote as indicações de segurança das autoridades locais, com atenção às áreas consideradas de risco; Não participe de aglomerações e protestos”. Estas e outras recomendações estão disponíveis nos canais oficiais do governo.