
A bancada do Partido Democrata na Câmara dos Representantes (similar a Câmara dos Deputados) dos Estados Unidos divulgou nesta quarta-feira (12/11) e-mails que haviam sido enviados por Jeffrey Epstein em 2011, cujo conteúdo que volta a colocar em debate a relação entre o atual presidente e o empresário que morreu na prisão em 2019 após ser condenado por pedofilia e por liderar uma rede de tráfico sexual.
Uma das mensagens publicadas se refere a uma conversa entre Epstein e o escritor Michael Wolff, biógrafo de Trump, em janeiro de 2019, quando o empresário já estava preso e condenado pelos crimes. No e-mail, ele diz a Wolff que “é claro que ele sabia das meninas, já que pediu a Ghislaine para parar”.
Em outro dos e-mails revelados, Epstein relata a Maxwell que “quero que você perceba que aquele cachorro que não latiu é o Trump”.
Em seguida, na mesma mensagem, ele se refere a uma das menores prostituídas na casa e diz que “a vítima passou horas na minha casa com ele (Trump)”, para depois reclamar que “ele (Trump) nunca foi mencionado (nas investigações do caso de pedofilia)”.
A “casa” mencionada na mensagem seria uma referência à mansão na qual o falecido empresário ocultava uma grande estrutura que oferecia serviço de prostituição infantil e que teria sido frequentada por grandes figuras da política mundial e do mundo empresarial.
A Casa Branca ainda não se pronunciou sobre as novas revelações ligadas ao caso. A versão defendida historicamente por Trump e seus defensores é a de que ele nunca teve conhecimento da rede de tráfico sexual de Epstein.
Vale recordar que o empresário morreu na prisão em agosto de 2019, oito meses depois da mensagem enviada ao escritor Michael Wolff. A versão oficial indica que a causa da morte foi suicídio, mas há material jornalístico questionando algumas das circunstâncias da ocorrência, como uma suposta manipulação das câmeras de segurança da penitenciária no dia em que seu corpo foi encontrado sem vida na cela.
Em julho deste ano, a Procuradoria Geral dos Estados Unidos demistiu a promotora federal Maurene Comey, que trabalhou nos processos criminais contra Jeffrey Epstein e Ghislaine Maxwell pelos crimes de tráfico sexual e pedofilia.
Com informações do The Guardian e The New York Times.

