

Ministro Alexandre Padilha apresenta plano internacional (Foto: Foto: Rafael Neddermeyer/COP30)
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta quinta-feira (13) o primeiro plano internacional de adaptação climática dedicado exclusivamente à saúde. O anúncio foi realizado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante a COP30 em Belém.
O Plano de Ação em Saúde de Belém traz ações concretas para que os países possam preparar os seus sistemas de saúde e responder aos efeitos das mudanças climáticas.
“A crise climática é, antes de tudo, uma crise de saúde pública. Não estamos mais diante de um risco futuro, mas de uma realidade que já pressiona os sistemas de saúde, provoca mortes e agrava desigualdades. Aqui em Belém, no coração da Amazônia, reafirmamos que a resposta a essa crise precisa unir ciência, cooperação e humanidade”, disse Padilha.
De acordo com o ministro, o Brasil mostra ao mundo que saúde e clima são agendas indissociáveis e que adaptar os sistemas é proteger vidas, comunidades e o futuro do planeta.
O ministro destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atribuiu ao país a missão de fazer da COP30 a conferência da implementação e da verdade.
“A resposta do Brasil é clara: é tempo de passar da reflexão para a ação conjunta. Diante de um clima já alterado, não nos resta alternativa senão governos e políticas públicas para nos adaptarmos e enfrentarmos a mudança do clima”, assegura.
O Plano de Ação em Saúde de Belém é composto por três linhas de ação interligadas por conceitos transversais de equidade em saúde, justiça climática e governança participativa.
São elas: vigilância e monitoramento; políticas, estratégias e fortalecimento de capacidades baseadas em evidências; e inovação, produção e saúde digital. A operação será coordenada em colaboração com a Aliança para Ação Transformadora em Clima e Saúde (ATACH), sob supervisão da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, reforçou que a “crise do clima é uma crise da saúde” e que impacta diretamente os sistemas de saúde dos países. Por isso, ele relembrou que a adaptação climática para a saúde já está prevista no Acordo de Paris e necessita de implementação.
Investimento
Desse modo, o Plano de Ação em Saúde de Belém já conta com um investimento de US$ 300 milhões para o compromisso internacional. A rede reúne mais de 35 organizações filantrópicas de diversos países.
Os recursos serão usados para acelerar soluções, inovações, políticas e pesquisas relacionadas ao calor extremo, poluição do ar e doenças infecciosas sensíveis ao clima. O montante também fortalecerá a integração de dados críticos de clima e saúde para apoiar sistemas de saúde resilientes, capazes de proteger vidas e meios de subsistência.
A Coalizão é composta por financiadores institucionais e individuais que atuam em níveis internacional, nacional e regional, com o objetivo de melhorar a saúde e salvar vidas.
Entre os financiadores estão: Bloomberg Philanthropies, Children’s Investment Fund Foundation, Gates Foundation, IKEA Foundation, Quadrature Climate Foundation, The Rockefeller Foundation, Philanthropy Asia Alliance (Temasek Trust) e Wellcome.

