Segundo as informações, o premiê e sua esposa, Anna Sigurlaug Pálsdóttir, compraram uma empresa em 2007 nas Ilhas Virgens Britânicas, consideradas um paraíso fiscal, dois anos antes de Gunnlaugsson assumir um assento no Parlamento. Ao tomar posse, ele não teria declarado sua participação na empresa.
A divulgação dos documentos deu início a pressões populares para a renúncia de Gunnlaugsson. Na segunda-feira, um protesto em Reykjavík, capital da Islândia, reuniu cerca de 10 mil pessoas (o equivalente a 8% da população da cidade). Uma petição online, assinada por mais de 30 mil pessoas, também pedia a renúncia do primeiro-ministro do país europeu, que possui 330 mil habitantes.
Gunnlaugsson estava no cargo desde 2013 e havia declarado à imprensa local que não cogitava deixar a posição e dizia não ter feito uso da empresa para evitar o pagamento de impostos na Islândia.
Nesta segunda-feira (04/04), o então primeiro-ministro abandonou uma entrevista depois de ser questionado sobre a empresa offshore. Ele disse que o repórter fazia perguntas "sem sentido" e sobre pontos que ele próprio, Gunnlaugsson, não tinha conhecimento.