Ao menos 50 pessoas morreram e 53 ficaram feridas em um ataque a tiros ocorrido na boate gay Pulse, em Orlando, na Flórida. O ataque, que começou por volta das 2h local (3h, em Brasília), está sendo investigado como um "ato de terrorismo". Segundo a polícia, este é o ataque com armas de fogo mais mortal da história do país.
O responsável pelo ataque, que levava um fuzil e uma pistola, foi morto pelas equipes da SWAT, afirmou o chefe da polícia de Orlando, John Mina. Ele foi identificado como Omar Mateen, um norte-americano que vivia em Port St. Lucie, na Flórida. Mateen, diz a polícia, tinha em sua munição um fuzil AR15.
Pelo menos nove agentes estiveram envolvidos na troca de tiros com o responsável pelo ataque.
"Um agente ficou ferido, mas parece que o capacete (de fibra sintética) salvou sua vida", explicou Mina, ao ressaltar que o suposto atirador estava "organizado e bem preparado". Ele disse ainda que o suspeito levava uma "bomba" e "possivelmente" tinha outra "em seu automóvel".
Vários veículos de emergência foram à boate e parte das vítimas foram transferidas em ambulâncias, enquanto outras foram vistas ensanguentadas fora do local e eram atendidas por policiais.
A polícia de Orlando confirmou que efetuou uma "explosão controlada" perto do clube, mas não forneceu mais detalhes, enquanto o Corpo de Bombeiros da região também enviou uma equipe de desativação de artefatos explosivos, afirmou o jornal local Orlando Sentinel.
O presidente dos EUA, Barack Obama, condenou o ataque e colocou os órgãos do governo à disposição para auxiliar nas investigações.
‘Corram’
O clube Pulse, situado no centro de Orlando, publicou em sua página de Facebook, após o ataque, uma mensagem na qual pedia que todas as pessoas saíssem do local e corressem.
Uma testemunha citada pela televisão local WESH afirmou ter ouvido cerca de 40 disparos. Outra disse que um amigo foi ferido e se escondeu na boate.
Já a testemunha Rosie Feba, que conseguiu escapar do local junto com sua namorada, indicou que o tiroteio começou perto da hora do fechamento. "Ela me disse que alguém estava disparando. Todo o mundo se atirou no chão", relatou Feba, que a princípio pensou que "não era real", mas "era parte da música, até que vi o fogo da pistola".
Segundo o chefe da polícia de Orlando, o fato não tem relação com o tiroteio que na sexta-feira (10/06) que matou a cantora Christina Grimmie, conhecida por sua participação no programa de televisão "The Voice", ao final de um show na mesma cidade.
Por sua vez, o prefeito do município, Buddy Dyer, expressou seu pesar pelo "horroroso crime" e pediu que a população "seja forte".
"Somos uma comunidade forte", afirmou o prefeito em entrevista coletiva à imprensa.
(*) Com Efe