O Partido Popular, do presidente de governo interino Mariano Rajoy, foi o mais votado nas eleições gerais da Espanha realizadas no domingo (26/06), conseguindo eleger uma quantidade maior de parlamentares do que no pleito de dezembro de 2015, mas ainda sem maioria no Parlamento.
Segundo a emissora estatal RTVE, o dentro-direitista PP obteve 137 das 350 cadeiras do Congresso espanhol. Em seguida, os mais votados foram o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), com 85 assentos; a coalizão de esquerda Unidos Podemos, com 71; e o Ciudadanos, com 32.
No Twitter, o primeiro-ministro interino e líder do PP, Mariano Rajoy, agradeceu os eleitores. "Ganhamos as eleições e reclamamos nosso direito de governar, estamos à disposição de todos os espanhóis", escreveu Rajoy.
Ainda de acordo com a RTVE, foi registrada uma taxa de quase 70% de participação durante o pleito, pouco menos de 3% do índice registrado em 20 de dezembro de 2015.
Em dezembro, o PP também tinha sido o mais votado, porém conseguiu 123 assentos; foi seguido pelo PSOE, com 90; pelo Podemos, com 69; e, por fim, o Ciudadanos, com 40.
Neste ano, da mesma forma que em 2015, nenhum partido conseguiu maioria no Congresso — 176 assentos — para formar um governo próprio.
Próximos passos
Agora, os líderes dos partidos mais votados passarão por novas rodadas de consulta com o rei Felipe VI, depois das quais ele indicará um candidato para tentar a investidura à Presidência de governo do país.
Durante a campanha destas eleições gerais, Pablo Iglesias, dirigente do Podemos, voltou a cogitar uma aliança com o líder socialista Pedro Sánchez, do PSOE, que tentou a investidura em 2015, mas não foi eleito pois possuía apenas o respaldo do Ciudadanos.