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Britânicos participam de 'Marcha pela Europa'

Jul 05, 2016

Por Ópera Mundi         

 

 

Milhares de pessoas foram às ruas de Londres e outras cidades do Reino Unido neste sábado (02/07) em protesto à saída da região da União Europeia, decidida por 51,9% da população britânica no plebiscito do dia 23 de junho.

A “Marcha pela Europa”, convocada através das redes sociais na última semana, foi a maneira encontrada por representantes dos 48,1% que votaram em prol da permanência do Reino Unido no bloco europeu de pressionar o governo britânico a não ativar o artigo 50 do Tratado de Lisboa, o que iniciaria formalmente a "Brexit".

Os manifestantes expressaram preocupação com o futuro do Reino Unido fora da União Europeia e com o recrudescimento do nacionalismo, do racismo e da xenofobia na região.

“Estou aqui porque sinto que o país foi enganado em uma votação sobre algo que vai acabar sendo um desastre. Estou particularmente preocupado com o efeito que isso terá sobre a pesquisa científica”, disse à BBC Tom North, cujo filho, também presente na manifestação, é pesquisador. “Fiz meu doutorado em um país da UE por nós estarmos na UE, portanto me sinto muito envolvido nessa questão”, disse Ace North.

“Sou judia e acho o aumento do nacionalismo e dos crimes de ódio na Europa muito preocupante”, disse Laura Honickberg à BBC. Ela também afirmou que a campanha em prol da saída do Reino Unido no bloco “se baseou em mentiras”, como a afirmação de que o dinheiro direcionado pela região a Bruxelas seria investido no sistema de saúde britânico, que foi desmentida pelos líderes do “Leave” logo após a vitória da “Brexit”.

“Mesmo se não conseguirmos nada [com a marcha], teremos mostrado a nossos vizinhos na Europa que nem todos apoiamos a ‘Brexit’ e que nós os amamos”, disse Lark Lester ao The Guardian. Sua sogra, Tas Earl, defendeu que o ponto principal da marcha é mostrar ao governo a insatisfação popular com o resultado do referendo convocado pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron. “Temos que ressaltar que não é possível que eles sigam adiante com o artigo 50 com pouco menos de metade da população do país totalmente contrária ao que eles estão fazendo”, disse ela ao jornal britânico.

Pouco mais da metade da população, entretanto, votou a favor da saída, como ressaltaram partidários do “Leave” nas redes sociais em resposta à manifestação. “Gostaria gentilmente de lembrar, amigos do “Remain”, que mais pessoas votaram pela saída da UE do que por qualquer outra coisa” no Reino Unido, escreveu o conservador Daniel Hannan, membro do Parlamento Europeu, em seu Twitter.

Os que querem a permanência no bloco, porém, não perdem as esperanças e seguem assinando a petição online em prol de um novo referendo sobre a “Brexit”. A solicitação, hospedada no site do Parlamento britânico, já tem mais de 4 milhões de assinaturas, mais do que o triplo da diferença de votos entre a saída (17,4 milhões) e a permanência (16,1 milhões) no plebiscito.

 

 

 

 

 

“Mesmo se não conseguirmos nada [com a marcha], teremos mostrado a nossos vizinhos na Europa que nem todos apoiamos a ‘Brexit’ e que nós os amamos”, disse Lark Lester ao The Guardian. Sua sogra, Tas Earl, defendeu que o ponto principal da marcha é mostrar ao governo a insatisfação popular com o resultado do referendo convocado pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron. “Temos que ressaltar que não é possível que eles sigam adiante com o artigo 50 com pouco menos de metade da população do país totalmente contrária ao que eles estão fazendo”, disse ela ao jornal britânico.

 

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