Era só maioria simples.
257 votos, não os 308 votos necessários para a Reforma da Previdência.
Mas o Governo não teve número para aprovar o “pé no pescoço” sobre os governos dos estados inviabilizados financeiramente pela crise – embora, no Rio, isso seja apresentado com resultado da roubalheira de Sérgio Cabral, que sempre roubou muito, o que não impedia o estado de avançar.
Não foram resistências regionais que impediram o quórum.
Tanto que o falecido governador do Rio de Janeiro estava lá, apelando pela aprovação.
Nem o não-comparecimento, havia 400 deputados em plenário.
O Congresso não quer dar mais poder a Meirelles, isso está claro.
Meirelles seria a única alternativa a uma candidatura tucana “tout court”.
Não há, entre governo e oposição, uma maioria política a seu favor.
Antes de Temer, a queda do governo começa por Henrique Meirelles.
Pode ser, até, que o projeto das contrapartidas dos estados passe hoje, o esforço do Governo será enorme.
Mas será também um sinal de que o que de fato interessa, a Reforma da Previdência, está longe de ter os 3/5 de que precisa.
O mercado finge que Temer ainda pode entregar o que prometeu, mas já sabe que não poderá.
Todos estão bem, ganharam fortunas com juros futuros, mas não apostam um tostão furado no longo prazo do Brasil.
Temer está jogando tudo na sua capacidade de demonstrar poder.
E, de uns tempos para cá, perdendo.