Debater e respirar a atual decadência das instituições brasileiras tem sido uma tarefa nada simples. Diariamente são reveladas novas avalanches em forma de denúncias, crimes e absurdos que reduzem na totalidade o índice de confiança da sociedade nos poderes constituídos.
A fulanização da política invadiu as instituições que deveriam ser o sustentáculo de ética e deontologia. A vaidade, a avareza e outros “pecados capitais” revelam que falharam as pessoas supostamente preparadas para o exercício do equilíbrio e defesa dos interesses do país e dos cidadãos.
Por segundos de fama, sede de poder ou ganância, não há uma única instituição que esteja livre da doença que neste momento corrói o presente e o futuro do Brasil e dos brasileiros. Nesses momentos em que tudo parece perdido é que costuma surgir, através do envolvimento do povo na política, a solução perdida nos degraus de cima.
O Brasil de hoje é um convite ao renascer. Chegamos a um ponto muito mais delicado do que a simples hipótese que separa o futuro e o passado. Vivemos agora, neste exato momento, o limite entre existirmos ou não como Nação e como cidadãos.
Qual o país que queremos? Qual a política social e econômica que devemos implementar? Como combater a corrupção sem que este ato vire ferramenta de perseguição de uns e proteção de outros? Muito mais do que a fulanização ou da partidarização, o que está em risco é a existência do Brasil e do seu povo como um povo civilizado, adaptado ao mundo real, longe da ficção imposta pela TV.
Este texto não apresenta soluções. Em meio a toda essa turbulência, apenas convida para o debate e sugere como referências os exemplos de outros países. Pela proximidade, recomendo que leiam como os suecos, finlandeses, dinamarqueses, noruegueses e islandeses construíram e mantêm as suas nações. O povo é quem constrói um país. Esta certeza fica evidenciada em casos como o do Brasil atual, onde as instituições falharam.