O presidente do Senado, finalmente, resolveu dar cumprimento à ordem judicial e suspender o mandato de Aécio Neves.
Que ficou sem salário, sem verba de representação, sem carro oficial e sem o nome no placar de votação dos senadores.
Claro que houve uma tentativa de recusar o cumprimento da ordem, que acabou sendo acatada porque o afastado senador primeiro está numa posição indefensável.
Vai ser surpresa se não for preso na terça-feira mas, mesmo que não o seja, não voltará ao exercício do cargo e, embora com toda a proteção prometida pelo PSDB, dificilmente deixará de ter seu mandato cassado.
Aécio talvez seja o mais bem acabado exemplo de alguém devorado por sua própria ambição e pela não aceitação do jogo democrático, após a sua derrota.
Mas é também verdade que não é o primeiro nem será o último paladino hipócrita da moralidade a ter este fim.
Talvez, desta vez, consiga reconhecer a derrota.
Embora desconfie que não o fará.
PS. O Senado corrigiu sua primeira informação e diz que o salário de Aécio continuará sendo pago.