Circula na internet uma montagem de Luciana Genro com o Jesus de pau de Janaína Paschoal.
Janaína e Luciana se encontraram nos extremos e se descobriram a mesma pessoa.
Uma à direita e a outra à esquerda, ambas têm uma obsessão invencível por Lula que as une e as apequena irremediavelmente.
Nos últimos dias, com as denúncias de Janot contra Michel Temer, o ladrão que sequestrou o Brasil com sua corriola, a musa do impeachment concentrava sua indignação nos petistas.
“Para o país, seria muito bom que Temer saísse logo. Mantê-lo só fortalece Lula, que confortavelmente sai do foco. Ninguém percebe isso?”, escreveu no Twitter, onde mora.
Luciana aproveitou o pronunciamento de Michel e bateu na velha tecla: “Não foi Deus que te colocou na Presidência, Temer. Foi Lula que te escolheu como vice da Dilma e Cunha que abriu a porta para o impeachment”.
Michel foi indicado pelo PMDB para a vice presidência na chapa com 84,8% dos votos dos convencionais. Poderia ter sido barrado? Talvez. Dilma e Lula o apoiaram. Dava para governar sem o PMDB? São outros quinhentos.
O oportunismo de Luciana é emblemático de um estilo político do pensar pequeno. Faz sentido esse tipo de cotovelada a essa altura?
O ódio de Luciana Genro a Lula e Dilma pode ter uma explicação psicológica na transferência da raiva que ela sente pelo pai, Tarso.
Como seu doppelganger Janaína, ela idolatra a Lava Jato. Já disse que tem “vibração com a investigação”, sabe-se lá o que isso signifique.
Quando da coercitiva de Lula, frisou que o ex-presidente “foi tratado com dignidade pelos policiais, algo que não acontece com os mais pobres”, numa justificativa pueril para a arbitrariedade (se os mais pobres são maltratados por policiais, Lula também deveria ser).
Em sua cegueira, Luciana ama, ou finge amar, a República de Curitiba — que a despreza como uma bruxa bolivariana e quer queimá-la na fogueira.
Ela prefere destruir Lula a combater a direita. Você nunca verá essa ferocidade incessante, por exemplo, contra a Globo. Para isso, falta-lhe coragem.
Uma coisa é cavar, legitimamente, um espaço à esquerda num cenário dominado pelo PT e seu pragmatismo há décadas e que precisa de alternativas.
Outra é atacar de maneira desleal e estúpida um líder popular no momento em que despontam, do lado lá, um Bolsonaro, um Doria e o obscurantismo.
Michel Temer e o conservadorismo brasileiros podem ficar sossegados. Enquanto houver Janaína Paschoal e Luciana Genro, os banheiros do Ibirapuera continuarão limpos.