Enquanto Rodrigo Maia e Henrique Meirelles fazem cara de mau e se oferecem ao mercado para aprovar o pedaço que sobrou a reforma da Previdência, o “Centrão”, mais pragmático, manda avisar que não vota barato o saque contra os trabalhadores.
No seu blog no G1, Gerson Camarotti diz que os “líderes dos três principais partidos do centrão – PP, PR e PSD – afirmam que não há condições de aprovar a reforma, ainda mais depois do desgaste de terem votado contra o prosseguimento da denúncia contra Temer”.
Ainda mais em véspera de ano eleitoral. “Reforma da Previdência se vota no início de mandato. Em final de mantado, é muito perigoso colocarmos uma matéria dessa, ainda mais no momento em que estamos vivendo na Câmara dos Deputados”, disse o líder do PR, José Rocha (BA).
A turma da “Minha Emenda, Minha Vida” sinaliza que quer os espaços que ocupam os tucanos e o PSB, que só deram apenas metade dos votos a Temer na votação da denúncia, e que não vão aceitar um “vem comigo que depois eu dou um jeito”.
“O momento é muito delicado, não temos unidade na bancada para isso [votar a reforma]. Nós esperamos que o governo tenha um sentimento de reagrupação e senso de responsabilidade de saber quem realmente é base e quem não é”, acrescentou o líder do PP, Artur Lira (AL).
E, lembra o texto, ainda tem a Janot, Parte 2- A obstrução. Na escancarada confissão da impopularidade da reforma, admitem:
“A reforma tem que ser votada dentro de uma uniformidade da base, e o governo não tem essa uniformidade. A discussão da Previdência abre a porta para sociedade ir para as ruas, é tudo o que o governo tem que evitar diante de uma segunda denúncia”, afirma o líder do PSD, Marcos Montes (MG).
É mais caro, Temer….