Aguarda-se a manifestação de atores globais e da “fadinha da floresta”, que se opunham de forma automática a todo e qualquer projeto na Amazônia, misturando a boa e correta intenção de proteger o meio ambiente e as populações indígenas com a necessidade de aproveitar as riquezas minerais e hídricas da região.
Michel Temer – como já se havia antecipado aqui em abril – assinou decreto extinguindo a Reserva Nacional de Cobre e Associados, a Renca, uma área gigantesca situada entre o Pará e o Amapá, quase a soma dos estados de Alagoas e Sergipe, onde, além do cobre, há de ouro em grande escala (supõe-se em escala semelhante a Carajás e também importantes reservas de titânio e de fosfato, além de ferro e tântalo, um insumo necessários à industria aeronáutica e aeroespacial.
Para isso, será preciso levantar as restrições sobre partes do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque ( o maior parque florestal do Brasil), as Florestas Estaduais do Paru e do Amapá, a Reserva Biológica de Maicuru, a Estação Ecológica do Jari, a Reserva Extrativista Rio Cajari, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Ia Estação Ecológica do Jari, a Reserva Extrativista Rio Cajari, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru e as Terras Indígenas Waiãpi e Rio Paru d`Este.
É lógico que se poderia aproveitar parte das riquezas com baixo custo ambiental e humano – há muitas comunidades indígenas na região – mas será que alguém acredita que o carente Estado brasileiro, com recursos podados de todos os lados, terá condições de exigir projetos de baixo impacto e fiscalizá-los?
Nem pesquisas atualizadas sobre a região temos, embora os satélites de sensoriamento remoto dos nosaoa “irmãos do norte” já devam conhecer cada grão de terra da região.