Mais de 50 deputadas democratas do Congresso dos Estados Unidos pediram nesta terça-feira (12/12) que um inquérito seja aberto para investigar as acusações de assédio sexual feitas contra o presidente Donald Trump.
Na segunda (11/12), três mulheres que acusam Trump exigiram que o Congresso investigue o comportamento do magnata. "Pelo menos 17 mulheres acusaram publicamente o presidente de comportamento impróprio. Não podemos ignorá-los", diz a carta das deputadas enviada ao Comitê de Supervisão da Câmara. No total, 54 congressistas, entre eles dois homens, apoiaram o pedido das denunciantes para a instalação de uma investigação.
Além disso, diversos políticos pediram a renúncia do chefe de Estado.
Por sua vez, a Casa Branca rejeitou ontem os pedidos de investigação no Congresso sobre as acusações de que o magnata assediou sexualmente várias mulheres, alegando que o povo norte-americano já se manifestou sobre a questão quando o elegeu presidente.
"Essas declarações falsas, totalmente questionadas na maioria dos casos por testemunhas oculares, foram tratadas extensivamente durante a campanha do ano passado, e o povo americano expressou sua opinião ao conceder [ao presidente] uma vitória decisiva", declarou um porta-voz da Casa Branca.
Rachel Crooks, Jessica Leeds e Samantha Holvey, que já denunciaram Trump durante a campanha presidencial no ano passado, pedem que o mandatário seja responsabilizado por suas ações.
Contrariando a Casa Branca, a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Nikki Haley, declarou que qualquer mulher que alegue ser vítima de assédio sexual "deve ser ouvida".
Nas últimas semanas, acusações de assédio e abuso sexual acabaram com as carreiras do produtor de cinema Harvey Weinstein, dos jornalistas veteranos Charlie Rose e Matt Lauer e do senador da oposição Al Franken.
Em relação a Trump, os depoimentos das mulheres voltaram a ganhar força com um novo documentário feito sobre as acusações contra o republicano.