Aguardem a divulgação do fluxo cambial de março e cruzem os dedos.
A alta do dólar, que chega perto de 10% desde o início do ano está desafiando o movimento de venda de quem estava com ativos em moeda americana, que procura realizar o lucro que a valorização cambial lhe enseja.
A “folga” que esperavam no câmbio se reduziu ao ponto de não haver um “colchão” para novas chacoalhadas no mercado externo, cada vez mais próximas de acontecer.
As empresas brasileiras tomaram empréstimo em dólar barato e, a esta altura, já têm de contar com pagamentos em dólar alto.
Portanto, a relativa fraqueza de procura pela moeda norte-americana que praticaram no início deste ano não pode ser mantida e isso ajuda a entender porque há procura pelo dólar mesmo com este no “pico” de R$ 3,55 alcançado esta manhã.
Segundo o Valor, apenas na quarta-feira, quando o dólar bateu R$ 3,50, o movimento de compra da moeda estrangeira chegou a US$ 1,18 bilhão.
É possivel que volte a pouco menos de R$ 3,50, se a reunião do Federal Reserve, hoje, decidir postergar a alta dos juros do Tesouro norte-americano. Do contrário, não volta mais, tão cedo.