Como para provar o quanto se tornou tão imundo quanto é lucrativo o mercado de delações premiadas que nasceu e cresceu na estufa da força-tarefa da Lava Jato e na malsinada vara do sr. Sérgio Moro, Ricardo Galhardo, no Estadão, noticia que dois doleiros – Vinicius Claret, o Juca Bala, e Cláudio de Souza – que participavam de esquemas de lavagem de dinheiro do “corretor” de moeda Dario Messer, eram coagidos a pagar uma “mesada” ao advogado de Alberto Youssef, Antonio Figueiredo Basto, por “segurança em relação ao Ministério Público” e à Polícia Federal, entre 2006 e 2013.
O preço não era para pagar “bagrinhos”: US$ 50 mil mensais, o que, todos estes anos, sobe à casa de vários milhões.
As datas são, assim, anteriores ao início da Operaçâo, mas compreende o período em que Alberto Yousseff já era velho conhecido de Moro e do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, ambos responsáveis pelo primeiro acordo de delação de Youssef, no caso Banestado, no qual foi condenado e deixado livre por ter delatado outros envolvidos.
Talvez esteja aí um caminho para que se descubra a razão de algo que ainda é misterioso: como é que se procuraria alguém que está condenado, que delatou e que estava, em tese, em liberdade condicional para intermediar negócios escusos de alto valor.
Teria Youssef, de fato, algum nível de “proteção” que o tornasse “seguro” para tais negócios, mesmo tendo sido “dedo duro”?
Mas isso não vem ao caso, porque a turma de Curitiba é invulnerável, como o Super-Homem, não é?
E quanto aos outros, bem, tem a história dos cem anos de perdão…judicial.