Matéria da Folha mostra que os blackblocs do fascismo ensaiam há tempos ações para provocar bloqueios no abastecimento de combustíveis e, com isso, criar um clima de desordem e comoção que ajude a tal “intervenção militar” com que tanto sonham.
Matéria da Folha mostra que os blackblocs do fascismo ensaiam há tempos ações para provocar bloqueios no abastecimento de combustíveis e, com isso, criar um clima de desordem e comoção que ajude a tal “intervenção militar” com que tanto sonham.
Há três meses, “treinaram” fazer o bloqueio de bases de combustíveis da Petrobras, revela o jornal, com documentos indesmentíveis.
Nada a estranhar, porque que o país vive sob a ação de grupos de extrema-direita só pode ser novidade para quem tiver chegado ontem ao Brasil e abrir o jornal de hoje.
O que é significativo nisso é que, ao menos até agora, estes grupos violentos vivem e proliferam diante da absoluta tolerância das instituições que deveriam confrontá-los, em nome da democracia: a imprensa, a polícia e o Judiciário.
Aliás, como já se disse aqui, estes funcionam mesmo como “chocadeiras” do ovo da serpente que eles próprios criaram, ao patrocinarem, há anos, o desmonte da regra fundamental do regime democrático: o respeito ao voto popular.
Ao transformarem o exercício da política numa atividade “bandida”, como reclamar que surjam, nas suas bordas, os “esquadrões da morte” do fascismo?
Não foram eles que criaram categorias morais como “lulopetismo bolivariano” ou os “nossa bandeira jamais será vermelha”, como se estas fossem causas dos governos Lula e Dilma, aliás ultraliberais no que tange ao exercício das liberdades públicas?
Não foi com Sérgio Moro, o “japonês da Federal” e os fundamentalistas da “Força Tarefa da Lava Jato” que aprendemos que se deveria exercer a ditadura da “cognição sumária” e das “convicções”?
Eles não nasceram sozinhos e não vivem sozinhos. E não sumirão num passe de mágica eleitoral.
A desgraça para nosso país é que estes grupos vieram para ficar e não vão desaparecer mesmo que meia-dúzia de lunáticos venha a responder por seus atos.
Só a restauração da política como elemento de convívio e solução dos conflitos sociais, algo que estamos a anos-luz de distância, o pode fazer, e lentamente.
E isso tem de começar por algo que parece hoje inatingível: devolver os mecanismos punitivos e policiais ao seu papel secundário na vida brasileira.
Em tempos de Inquisição, não se reclame da selvageria que se injeta na sociedade.