O presente enviado pelo Papa Francisco ao ex-presidente Lula, um rosário com um cartão pontifício tem vários significados, que é melhor que os exegetas expliquem.
Alguns, porém, são óbvios.
O primeiro é o que de que não esmoreça em suas crenças, como o ato religioso de rezar as 150 orações exige perseverança.
O segundo é o de ser publicamente piedoso e compadecido do sofrimento que se impõe a alguém que é vítima do ódio por suas ideias e práticas,
Para quem sabe ler, o recado está escrito no brasão pontifício, escolhido pelo próprio Francisco, impresso no cartão que acompanha o ícone: miserando atque eligendo.
Segundo o Vaticano, o sentido é o de que um sentimento de amor fez Jesus escolher Mateus como discípulo.
Nada isso, porém, adianta frente aos algozes de Lula. A visita, agendada previamente, do consultor do Vaticano e colaborador de Francisco, Juan Grabois, foi impedida, como antes já haviam sido impedidos Leonerdo Boff e o Prêmio Nobel da Paz Adolfo Peres Esquivel.
Fiquemos nós aqui, no campo da interpretação política.
O ato de intolerância só vai fazer com que aumente a solidariedade papal ao ex-presidente.
O calvário de Lula será a danação dos fariseus.