O futuro ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, almoçou com colegas da Lava Jato, alguns deles anunciados como integrantes da equipe que irá comandar a partir de 2019. O encontro aconteceu no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde foi instalado o gabinete de transição do governo Bolsonaro.
Moro se encontrou com Rosalvo Franco Ferreira, ex-superintendente regional da Polícia Federal no Paraná, e Érika Mialik Marena, a primeira delegada que comandou a Lava Jato, dando nome para operação. Marena também comandou a operação que mandou prender o ex-reitor da UFSC, Luis Carlos Cancellier, na Operação Ouvidos Moucos, que cometeu suicídio após intensa exposição midiática e de ser impedido de continuar atuando no cargo.
Os dois, Rosalvo Ferreira e Erika Marena, já estão confirmados para compor a equipe do futuro ministro. O almoço aconteceu horas depois da publicação no Diário Oficial da exoneração de Moro pela Justiça Federal, dando aval para a nova carreira política. Outros nomes que estavam na mesa com o ex-comandante da Lava Jato foram Flávia Blanco, que será chefe de gabinete no ministério, e Marcos Koren, ex-chefe de comunicação da superintendência da PF no Paraná.
Falta ainda Moro confirmar o nome do diretor-geral da Polícia Federal. O atual chefe da polícia do Paraná, Maurício Valeixo, é um dos nomes cotados para o cargo ocupado hoje por Rogério Galloro.
O juiz já havia feito declarações que levaria para o Planalto integrantes da Lava Jato por confiança e para instituir o mesma esquema de trabalho da Lava Jato, incluindo a criação de forças-tarefas.
A nova pasta da Justiça organizada pela equipe de Bolsonaro está sendo chamada de “superministério”, porque irá unificar Segurança Pública e o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), hoje ligado à Fazenda.