Não se tratou apenas de Flávio Bolsonaro aprovar a concessão, em agosto de 2005, da Medalha Tiradentes da Assembléia Legislativa do Rio ao hoje foragido Major PM (na época, tenente) Adriano Magalhães da Nóbrega, quando este estava preso.
Fernando Molica, na Veja, mostra hoje que a Medalha foi entregue dentro da cadeia ao agora suspeito de comandar a milícia Escritório do Crime, sob a qual pesam indícios de que tenha sido a executora da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes, há quase um ano:
No dia 9 de setembro de 2005, o então tenente da Polícia Militar Adriano Magalhães da Nóbrega, hoje foragido, foi protagonista de uma cena inédita. Preso, acusado de homicídio, ele recebeu na cadeia a maior condecoração do Poder Legislativo fluminense, a Medalha Tiradentes. A homenagem foi uma iniciativa do deputado estadual Flavio Bolsonaro – procurado, o senador eleito pelo PSL não negou ter feito a entrega da medalha em solenidade realizada no Batalhão Especial Prisional da PM.
O registro foi obtido por Molica no site da Assembleia e derruba qualquer ” eu não sabia” que o agora senador eleito possa invocar para tentar explicar que desconhecia o lado criminoso do policial.
Já se ouviu sobre levarem de tudo nos presídios do Rio de Janeiro.
Medalha, é a primeira vez.