Dois engenheiros – Makoto Namba e André Yum Yassuda – da empresa alemã Tüv Süd e três funcionários da Vale estão presos desde a manhã de hoje.
Corretíssimo se há indícios de que foi criminosa a elaboração dos laudos que atestavam a segurança da barragem rompida em Sobradinho.
Nada retira a responsabilidade pessoal de quem atesta algo.
Mas, neste caso, é preciso haver indicações de que os laudos foram comprados ou elaborados com negligência ou má fé. E nada sobre isso veio à tona, até agora.
A não ser por algo muito grosseiro nos papéis do estudo, o tempo parece muito curto para concluir-se que houve desídia técnica.
E, se houve corrupção, claro está que não foram “bagrinhos” da mineradora que a autorizaram nem a pagaram.
Tudo tem cheiro de espetáculo do tipo “acabamos com a impunidade”.
É preciso esperar para ver e que sejam esclarecidos os elementos que levaram às prisões, porque não há motivo algum para que sejam mantidos em sigilo.
É evidente que ninguém pode ficar impune se elaborar laudos de resultados encomendados ou falsificá-los para “não perder o cliente”.
Mas estas prisões, até agora, têm cara de “condução coercitiva”.