Não há o que se possa dizer aos pais e avós de uma criança que morre, de repente, por conta de uma meningite meningocócica bacteriana, uma doença que atinge, principalmente, a infância e a velhice, pessoas que, por alguma razão, sofrem uma baixa das defesas imunológicas, com o caso de Arthur, neto de Lula, aos sete anos.
O silêncio é a única companhia que se pode dar à dor.
Também não se deve reagir aos animais que, embora poucos, se abrutalharam ao ponto de fazer deboche e agressões com isso.
É tão pungente o episódio de sofrimento a que, outra vez, é submetido um homem a quem o povo brasileiro deve tanto que mesmo os monstros que habitam o nosso Judiciário não terão a coragem de repetir a monstruosidade que fizeram quando do sepultamento de seu irmão mais velho.
Lula sairá do cárcere por um dia, embora eu e todos tenhamos a certeza de que ele preferiria um milhão de dias encarcerado a sair por tão trágica razão.
É terrível, mas verdadeiro, que a força moral de um mártir se imponha também pela dor e pelo sofrimento que lhe recaem.
Muito duro pedir a ele, mas peço:
Força Lula, força por milhões de guris como este que se foi, que dependem de você para terem um país livre e justo.
É por eles, não por nós, que já tivemos a a felicidade de viver, lutar e sonhar.