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Não foi só o MP. Moro também foi derrotado no STF

Mar 15, 2019

Por Fernando Brito, no Tijolaço                                                                                         

 

Não foram só Deltan Dallagnol (e seus rapazes da Força Tarefa da Lava Jato) quem saiu derrotado da sessão de ontem do Supremo Tribunal Federal.

Sérgio Moro e Jair Bolsonaro também o foram, tanto ou mais.

A carraspana pública que as falanges bolsonaristas tomaram com a abertura de inquérito para apurar os ataques à Corte Suprema pelas redes sociais inaugurou este processo e deu características políticas inescapáveis à decisão.

E o bolsonarismo reagiu, prometendo guerra para aprovar, em represália, o pacote dito anticrime de Moro e Bolsonaro. O “Filho 01”, alta madrugada já, espalhou pelo Twitter a voz de comando do site do morismo, o República de Curitiba:

A decisão do STF, que em teoria, enterra sim a Lava Jato, não passara ilesa pelo ex-juiz que agora possui poderes de um superministro. Sergio Moro, ao que já havia previsto esse ataque contra a Operação, e apresentou com bastante antecedência o pacote anticrime, a ser votado em breve pelo Congresso, e que colocará as questões sobre caixa dois e corrupção em seus devidos lugares.

Ao contrário, a aprovação do “pacote”, que já não estava fácil, ficou pior ainda.

Mas não foi só isto. O delírio de fazer de Deltan Dallagnol ou de José Robalinho, presidente da Associação dos Procuradores da República – que já esbarrava no fato de não estarem, ambos, no topo da carreira – ficou mais distante, por conta da defesa que ambos fizeram do “Fundão da Lava Jato”, frontalmente atacado ontem (veja, ao final do post, o vídeo selecionado pelo Blog do Esmael).

E outras críticas, ainda piores:

“Não se pode combater a corrupção cometendo crimes, ameaçando pessoas, exigindo delações ou fazendo acordos tendo o irmão como dono de escritório, porque passa as delações. Tudo isso não é compatível com a ordem do Estado de Direito. Assim se instalam as milícias. O esquadrão da morte é fruto disso.”

Mesmo que a “banda de música” do MP queira colocá-los no topo da lista tríplice, escolhê-los, a partir de agora, seria uma provocação do Presidente ao STF que não parece interessar em nada a Bolsonaro.

E olhe que nem começou o desgaste com o inquérito aberto por Dias Toffoli, que promete ser grande.

 

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