É a primeira entrevista de Lula a uma televisão pública, desde que passou a cumprir pena em abril de 2018, completando já 500 dias encarcerado. Na entrevista, Lula disse que “a Suprema Corte poderia fazer uma correção no processo” que o condenou, após o The Intercept Brasil ter revelado as mensagens entre o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol
Lula criticou duramente o coordenador da força-tarefa de Curitiba, o chamando de “narcisista” e disse que “desde o dia que ele deu uma coletiva dizendo que não tinha provas contra mim, mas apenas convicções, o Conselho Nacional do Ministério Público” deveria ter afastado Dallagnol.
Ao mencionar a diferença de tratamento dada a ele em comparação a todos os outros investigados da Operação Lava Jato, Lula citou o exemplo de Eduardo Cunha:
“Você acha normal uma PF que vai na minha casa, na casa dos meus netos e pega o tablet de um moleque de 4 anos, e ficaram 1 ano com o tablet aqui preso, e não tiveram coragem de pegar o telefone do Eduardo Cunha, porque o Moro falou ‘não, não pega o telefone’. Ora, o que tinha no telefone de Cunha que o Moro não queria que ninguém soubesse? Por que eles não aceitaram uma delação do Eduardo Cunha? Tudo isso o sr. Moro tem que explicar e não tem mais toga. Se ele se escondeu atras da toga, ele não tem mais toga.”