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O trio Golpista

Jul 15, 2015

Por Altamiro Borges

 

 

 

A Folha estampou mais um título terrorista nesta terça-feira (14): "Cunha discute impeachment com ministro do Supremo". Já a reportagem, assinada por Marina Dias e Natuza Nery, dá alguns detalhes desta suposta conspiração golpista. "O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reuniu-se com o ministro do STF Gilmar Mendes e com o deputado Paulinho da Força (SD-SP), dirigente da segunda maior central sindical do país, para avaliar, entre outros temas, os cenários da atual crise política, incluindo um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O encontro, um café da manhã na residência oficial da Presidência da Câmara, se deu na última quinta-feira (9)".

Ainda segundo as especulações do jornal tucano, "o agravamento da crise foi discutido em detalhes. Os presentes fizeram uma primeira avaliação do cenário no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), onde a chapa de Dilma é investigada por suposto abuso de poder e financiamento irregular de campanha. Chegaram à conclusão de que um pedido de cassação dificilmente será aprovado no tribunal, cuja corte está dividida sobre o tema. No encontro também foi feito um diagnóstico sobre as dificuldades de abertura de um processo de impedimento na Câmara contra Dilma. A Constituição exige 342 votos a favor para que um pedido do gênero seja aberto".

"Diante disso, Paulinho da Força afirmou, conforme relatos, que um processo de impedimento só iria para frente por meio de um acordo que passasse por quatro pessoas: Cunha, o vice-presidente Michel Temer (PMDB), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente do PSDB, Aécio Neves. Um arranjo desses, segundo os desenhos projetados, resultaria em um 'parlamentarismo branco' a partir de um eventual impeachment: Temer compartilharia o poder com os presidentes da Câmara e do Senado e governaria em uma espécie de triunvirato até as eleições de 2018". O plano golpista, segundo a Folha, só ficaria "maduro" após o TCU julgar as contas do governo. "A tendência é que a corte as reprove, o que abriria caminho para o Congresso analisar o caso".

De imediato, todos os citados na matéria negaram a conspirata. "Procurado, o peemedebista negou ter tratado do assunto. Já Gilmar Mendes, hoje presidente interino do TSE, confirmou que as condições de permanência de Dilma no cargo foram discutidas – porém, diz ele, de forma lateral". Já o Paulinho da Força nem foi procurado para desmentir a trama – já que sua palavra vale mesmo pouca coisa nos dias atuais. Apesar dos desmentidos, é bom ficar esperto. Afinal, onde há fumaça, há fogo. Um café da manhã que reúna o lobista Eduardo Cunha, o sinistro Gilmar Mendes e o líder arrivista da Força Sindical nunca dá boa coisa. Diante da conspirata, vale conferir o artigo demolidor de Luis Nassif;

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Gilmar, Cunha, Paulinho e Aloyzio: os 4 catões da República

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