Foram quatro anos e quase cinco meses de cárcere. Em todos esses anos, Vacari se viu privado de comemorar o aniversário dos filhos, da esposa, dos demais ente-queridos e dos amigos. Quantos natais, semanas santas, viradas de ano e carnavais ele passou nas masmorras de Curitiba. Mas Vacari suportou o martírio de cabeça erguida. 

O ex-dirigente sindical bancário, da CUT e do PT teve um comportamento exemplar, jamais se dobrando à chantagem de seus verdugos, que com a imposição de longas prisões preventivas torturam psicologicamente o preso para que ele diga aquilo lhes interessa. Não conheciam a têmpera de Vacari e seu padrão moral forjado na luta da classe trabalhadora brasileira.    

Condenado por Moro em 15 de abril de 2015, através do padrão usual da Lava Jato - sem provas e com base em convicções e conjecturas-,Vacari seria condenado na sequência em outros processos. Seu crime foi ter sido tesoureiro do Partido dos Trabalhadores. Sim, porque à época era permitido o financiamento empresarial de campanha eleitoral. E apenas a torneira que financiava os candidatos do PT foi considerada suja. As que irrigavam os demais partidos eram límpidas e cheirosas.

Vacari deixa a prisão nesta sexta-feira, dia 6 de setembro, para cumprir o restante da pena em casa, com tornozeleira eletrônica e sem poder se ausentar de Curitiba sem autorização. Vai trabalhar na CUT neste período. Ms a luta pela liberdade plena continua e está muito próxima.Tenho fé que um dia os responsáveis pela brutal injustiça cometida contra Vacari tenham que prestar contas à Justiça.