Depois de ganhar quatro campeonatos consecutivos, sempre se destacando como o melhor jogador da competição, os tribunais, a mídia e parte da torcida passaram a persegui-lo.
O recurso ao tapetão foi o caminho natural dos que não se conformavam com a sucessão de derrotas. Eles tinham plena consciência de que na bola, dentro de campo, e seguindo as regras do jogo, vencê-lo seria missão impossível.
E era preciso pressa, já que um novo campeonato se aproximava. Algo tinha quer ser feito para conter o favorito disparado para sagrar-se campeão mais uma vez. Não só campeão, mas artilheiro e bola de ouro.
Pouco importava para os cartolas sua trajetória vitoriosa, seu currículo repleto de realizações, conquistas e recordes. A todo custo ele devia ser impedido de entrar em campo, nem que fosse necessário rasgar o regulamento.
Contra ele, formou-se então a tempestade perfeita: juízes corruptos, imprensa mentirosa e parcela expressiva da torcida manipulada e babando de ódio. Os advogados do astro bem que fizeram de tudo para lhe garantir condições de jogo. Mas nada feito. O jogo era de cartas marcadas.
Os inimigos do craque perceberam também que não bastava suspendê-lo das partidas, porque mesmo do lado de fora poderia influenciar no placar e nos rumos do campeonato. Seu espírito de liderança, carisma e dom da oratória seguiam seduzindo a torcida. E isso era perigoso.
A operação montada para dar a vitória ao seu adversário mais desqualificado, para ser completa, exigia ainda o fim da liberdade do melhor jogador de topos os tempos, o que acabou acontecendo sob os protestos de muita gente do Brasil e do exterior, além de toda a imprensa internacional.
Quase um ano e meio depois de sua prisão, cresce a expectativa pela sua volta aos gramados. Nos times e na torcida daqueles que o alijaram à força das disputas é grande a apreensão. Tremem de medo porque sabem que ele se encontra em plena forma, pronto para desequilibrar qualquer partida.
LULA LIVRE !