O governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), ganhou mais uma queda de braço contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ), que tinha bloqueado uma compra sua de respiradores no mês passado.
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que uma empresa de Santa Catarina entregue ao Maranhão 68 respiradores no prazo de 48 horas.
A compra dos equipamentos, realizada em 19 de março, foi atravessada pelo Governo Federal cinco dias depois, em 24 de março. Na ocasião, o ministério da Saúde enviou ofício para a empresa requisitando os respiradores produzidos para poder distribuir segundo seus critérios.
Por conta do bloqueio, Flávio Dino montou uma verdadeira operação de guerra para levar ao Maranhão em tempo recorde 107 respiradores e 200 mil máscaras compradas da China em março.
A logística, envolvendo 30 pessoas, foi traçada para evitar que o lote fosse desviado ou vendido aos Estados Unidos ou confiscado por Jair Bolsonaro.
Bolsonaro, por sua vez, contra-atacou e colocou a operação na mira da Receita Federal, que a considerou ilegal, e por isso tomará as medidas legais cabíveis contra as pessoas envolvidas.