Em nota divulgada na tarde desta terça-feira (7), o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal informou que oficiou empresas jornalísticas para que suspendam as coberturas presenciais no Palácio do Planalto.
Isso porque o presidente Jair Bolsonaro testou positivo para a Covid-19 e, mesmo assim, retirou a máscara ao conceder entrevista a repórteres da CNN e Record.
“Imagens e denúncias que chegaram ao SJPDF comprovam que o presidente da República, positivo para a COVID 19, colocou em risco os jornalistas e as equipes ao fazer o anúncio. Por que o presidente não solicitou que um médico o fizesse?”, questionou o sindicato.
A entidade que representa os jornalistas ainda solicitou que os veículos afastem e testem os profissionais expostos nos últimos 10 dias, e avisou que, caso algum jornalista tenha sido contaminado, acionará a Justiça contra Bolsonaro.
“Além disso, também vamos cobrar do Ministério das Comunicações para que seja mantida a divulgação de informações do Poder Executivo sem expor jornalistas a risco em entrevistas coletivas presenciais, incluindo as dos ministros, que devem passar a dar coletivas de forma virtual”, adicionou o sindicato.
Freixo aciona MPF
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) informou na tarde desta terça-feira (7) que acionará o Ministério Público Federal (MPF) contra o presidente Jair Bolsonaro para que ele responda por crime contra a saúde pública.
O motivo é o fato de Bolsonaro ter tirado a máscara de proteção durante entrevista à CNN e Record, no Palácio da Alvorada, depois da confirmação do teste que aponta que ele está com Covid-19.
“URGENTE! Estou acionando o MPF para que Bolsonaro responda por crime contra a saúde pública. O presidente já sabia que estava contaminado quando retirou a máscara durante a entrevista, colocando deliberadamente a vida dos demais em risco. Esse vídeo é o flagrante do crime”, escreveu Freixo pelo Twitter.