Alguns círculos progressistas na internet continuam assombrados com a possibilidade de um golpe.
Acoelhados, talvez seja a palavra correta.
É uma questão psicológica, sem nenhuma ligação com os fatos reais.
Quando a Globo anunciou que gostaria que o sucessor de Dilma fosse escolhido pelas urnas, foi porque os Marinhos perceberam que 2015 não é 1964.
Você teria um país virtualmente em guerra civil com um golpe. Do ponto de vista internacional, o Brasil voltaria a ser visto como uma República das Bananas.
Sem o patrocínio da Globo, as coisas se tornaram inviáveis para os golpistas. Não bastasse isso, uma peça-chave na trama, Eduardo Cunha, está hoje mais preocupado em escapar da cadeia e da multa de 80 milhões de dólares do que com qualquer outra coisa.
Se era um general da tropa do golpe, hoje é um recruta.
Tudo isso posto, os ânimos deveriam serenar. Mas basta FHC, Aécio ou Gilmar Mendes abrirem a boca para os corações progressistas dispararem.
Então, numa derradeira tentativa de tranquilizar as pessoas, recorro a uma imagem futebolística: é mais fácil o Vasco ser campeão do que haver um golpe.