Bolsonaro deu mais um passo na sua louca cavalgada contra as medidas de prevenção e combate a pandemia da covid.
Alegando que a medida “usurpa a competência do presidente da República”, vetou o dispositivo que exigia que a Anvisa concedesse autorização temporária de uso emergencial para a importação, distribuição e uso de qualquer vacina do Covid-19 pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios, em até cinco dias após a submissão do pedido.
O trecho vetado estabelecia que, feito o pedido, a Anvisa teria cinco dias para autorizar o uso emergencial desde que a vacina tivesse sido aprovada em pelo menos uma das autoridades sanitárias estrangeiras relacionadas na norma.
Pelas regras em vigor, a Anvisa tem até dez dias para analisar os pedidos de uso emergencial.
O presidente também vetou outro artigo prevendo que, no caso de omissão ou de coordenação inadequada das ações de imunização pelo Ministério da Saúde, ficam os estados, os municípios e o Distrito Federal autorizados, no âmbito de suas competências a adotar medidas com vistas à imunização de suas respectivas populações, cabendo à União a responsabilidade por todas as despesas para essa finalidade.
O Congresso poderá manter ou derrubar o veto presidencial.
Alguém tem dúvida em relação aos reais interesses de Bolsonaro com mais esse boicote?
Senão, vejamos.
Nunca se morreu tanto no país devido à pandemia como agora.
A média móvel diária bate recorde todos os dias e leva o país a viver tempos sombrios só comparável aos piores momentos da história.
Filas se tornaram rotina nos hospitais. Estados são obrigados a suspender procedimentos eletivos e, alguns, como Minas e Santa Catararina, transferem pacientes para outras localidades.
Albert Einstein e Sírio Libanês, em São Paulo, reportam que estão com UTIs lotadas e filas de espera por atendimentos.
Nada disso é suficiente para convencer o genocida da gravidade da situação. Bolsonaro mantem, dia sim, outro também, sua rotina de sabotar as medidas de enfrentamento, chegando inclusive a criticar o uso de máscaras, o item de proteção mais importante neste momento.
O ministro Pazuello segue suas recomendações à risca, com disciplina militar, limitando-se a apontar medidas de alcance restrito e frequentemente efêmeras, sem efeito prático na contenção da pandemia.
Bolsonaro e Pazuello são aliados do vírus da covid-19. E inimigos do povo brasileiro.