Foto: Agência Brasil
Paulo Guedes, o Posto Ipiranga de Jair Bolsonaro, vai cair. A afirmação é de um nome importante do Centrão e a queda já é dada como certa. “Não se trata de se, mas de quando”, revelou uma fonte com exclusividade ao DCM.
O ministro da Economia é uma espécie de menina dos olhos de Bolsonaro e o ajudou a se eleger. Mas para manter a metáfora, o Centrão, que hoje comanda o governo, trata Guedes como uma espécie de conjuntivite. A interpretação é que apenas um aceno forte de mudanças nos rumos da economia pode salvar o navio de afunda.
O problema não são apenas as declarações infelizes, embora elas sejam muitas. Recentemente, o ministro disse que não se pode chorar por novo aumento da conta de luz. As tantas frases infelizes o fizeram ser comparado a Caco Antibes, icônico personagem de Sai de Baixo.
Paulo Guedes e o inferno astral
Não é que o Centrão queira somente mais ministérios, e ele quer, mas a Economia virou objetivo por culpa de Guedes. Ao menos é isso que dizem os políticos nos corredores de Brasília. E o próprio Ciro Nogueira, representante do grupo no Governo, já trabalha pela queda do ministro.
O que segura Paulo Guedes?
Uma fonte do DCM no Planalto afirmou que Guedes já teria caído há, pelo menos dois meses, não fosse um fator. A única coisa que vem segurando o ministro da Economia é o presidente Bolsonaro. E não é por simpatia, já que ele também está decepcionado com o pífio desempenho de seu posto ipiranga.
Bolsonaro considera que Paulo Guedes tem dois grupos de apoiadores que podem se incomodar com a queda do ministro. O primeiro é formado por membros do mercado financeiro, que tem verdadeira paixão por Guedes. O segundo e muito mais pesado comporta os radicais do bolsonarismo, capazes de defendê-lo até a morte.
Mesmo assim, ninguém aposta que Guedes chegará ao fim do governo. A brincadeira, inclusive, é de que o ministro cai primeiro que o preço da gasolina.