Foto: Ricardo Stuckert
Em nota de pesar nas redes sociais pela morte de dom Cláudio Hummes, que morreu na manhã desta segunda-feira (4) aos 87 anos, Lula (PT) lembrou da luta do cardeal contra a Ditadura Militar nos anos 70, quando abrigou sindicalistas para protegê-los da repressão.
"Manifesto meu pesar pelo falecimento de Dom Cláudio Hummes. Seu amor incondicional ao próximo levou-o a se colocar sempre ao lado dos pobres, mesmo nas situações mais adversas. Jamais se afastou dos ensinamentos de Cristo. Lutou pela preservação da Amazônia e pela demarcação das terras indígenas. Durante as greves do ABC, nos anos 70, desafiou a ditadura abrindo as portas da diocese de Santo André aos operários, para protegê-los da repressão", afirmou
Em 1975, quando assumiu a diocese de Santo André, no ABC Paulista, dom Cláudio acompanhou a greve geral dos trabalhadores. Lula era o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e um dos líderes do movimento, que durou 41 dias e mobilizou mais de 200 mil trabalhadores.
Na ocasião, o religioso ofereceu a igreja para as reuniões de grevistas que estavam sendo perseguidos pela Ditadu
"Frade franciscano, bispo de Santo André, arcebispo e cardeal de São Paulo, presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, foi um dos principais apoiadores do Papa Francisco. Quando este foi eleito, Dom Cláudio o abraçou e disse: 'Não se esqueça dos pobres'", escreveu Lula, lembrando a relação próxima de dom Cláudio com o papa Francisco.
O falecimento de dom Cláudio foi comunicado em uma nota de "pesar e esperança" assinada pelo cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, e divulgada pelo site oficial do Vaticano.