Na última década houve uma subversão ampla e generalizada dessas funções. Nem se fale do Ministério Público Federal, da Procuradoria Geral da República e do Supremo Tribunal Federal, que praticaram o corporativismo mais obtuso e desestabilizador, com Ministros se comportando como influenciadores. A República de Curitiba foi o exemplo mais extravagante dessa falta de limites.
Aproximou-se dos militares e dos ruralistas, a ponto de se tornar consultor da Sociedade Rural Brasileira e alvo de elogios constantes do general Villas Boas.
Em entrevista à BBC, ainda em 2018, Aldo deixava claro duas novas opiniões. Sustentava que os militares não tinham pretensões de substituir civis no governo e dizia que, em um país desorientado, “os valores de amor ao país, à memória, à história, da disciplina, hierarquia, você encontra nas Forças Armadas”.
Finalmente, afirma que o golpe de 64 foi civil, com envolvimento do empresariado, igreja, embaixada americana, mídia, “Os militares entraram de última hora e não saíram até hoje – a Comissão da Verdade está aí atrás deles. Não pegou nenhum bispo, nenhum padre, nenhum empresário, nenhum embaixador, nenhum editorialista”. Não há notícias de bispos, empresários, embaixadores torturando pessoas.
No momento, o Ministro Alexandre de Moraes desempenha um papel essencial, impedindo o golpe já várias anunciado por Bolsonaro. Mostra uma coragem pessoal indômita, por estar enfrentando organizações milicianas. Mas como deveria se comportar o STF em períodos de normalidade democrática? Recentemente, o The New York Times alertou para os riscos de uma ditadura do Judiciário, se o STF não mudar seu estilo. Aliás, desde Joaquim Barbosa o STF assumiu um protagonismo político que foi fundamental para a degringolada política do país e a ascensão do Bolsonarismo, no rastro da desmoralização dos partidos.