O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) liberou a compra de tanques italianos pelo Exército, no valor de R$ 5 bilhões. Alegou que a segurança nacional não pode ficar desarmada.
Mas é caso de discutir a eficácia da compra.
Objetivamente, qual país representa riscos para o Brasil? Guianas? Paraguai?
Mesmo países apontados como “inimigos” pelo Exército – como Venezuela e Bolívia – teriam que atravessar a floresta amazônica para invadir o Brasil.
A segunda hipótese é que tanques seriam utilizados em Operações de Garantia da Lei e da Ordem, tal qual ocorreu na invasão do Morro do Alemão, um desastre de segurança pública, copiado das criticadas operações da Força de Paz brasileira no Haiti. Há consenso entre especialistas sobre a não utilização de militares para segurança interna.
Se a preocupação fosse, efetivamente, com a segurança nacional, estariam investindo em equipamentos que garantissem mobilidade, tecnologia, ferramentas para enfrentar a inimigos digitais externos, não para controlar cidadãos brasileiros.