Foto: Ricardo Stuckert
O deputado federal e futuro ministro das Relações Institucionais no governo do presidente eleito Lula (PT), Alexandre Padilha (PT-SP), confirmou na segunda-feira (26) a recriação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), mais conhecido como “Conselhão”.
Revogado por Jair Bolsonaro (PL) em 2019, o mecanismo participativo tem como principal objetivo fomentar a atuação da população na formulação de políticas públicas.
O CDES foi criado no primeiro governo petista em 2003, promovendo o debate entre o governo federal e a sociedade civil, além de estreitar as discussões entre os governos estaduais e o Congresso Nacional.
A volta da estrutura foi uma das promessas de campanha de Lula e anunciada no primeiro discurso como presidente eleito.
“Há vontade e disposição do presidente Lula de retomarmos um mecanismo de diálogo social e construção de consensos, que reúne empresários, trabalhadores, pessoas das universidades e representantes da sociedade civil”, explicou o futuro ministro
Padilha também afirmou que os assuntos prioritários do colegiado será o de “enfrentar a grave emergência social e ambiental instalada por Bolsonaro”, além de recuperar a defasagem educacional, acelerar o atendimento de saúde pública, enfrentar o tema da fome, cuidar das populações mais vulneráveis e reconstruir as estruturas de proteção ambiental.
“Democracia é coisa frágil. Defendê-la requer um jornalismo corajoso e contundente. Junte-se a nós: www.catarse.me/jornalggn”
Equipe diversa
O futuro ministro também comentou sobre a equipe que irá compor o Ministério das Relações Institucionais. Segundo ele, os membros já foram definidos, os convites estão sendo feitos e o anúncio dos nomes ocorrerá no “momento adequado”.
“A minha equipe vai combinar experiência, do fato de já ter sido ministro da Coordenação Política no segundo governo do presidente Lula. Parte da minha equipe são de pessoas que viveram aquela experiência, sabem o que é o trato no Palácio do Planalto, da condução da máquina pública federal, da relação com o Congresso Nacional, com os governadores, com os prefeitos e com o Conselhão”, destacou Padilha.
“No entanto, o ministro também trará novos nomes para a pasta. “[Vou] mesclar com gente nova, que está disposta a contribuir, que tem experiência municipal, com os governos estaduais, com a gestão participativa de conselhos e diálogo social (…) Nós vamos ter uma grande equipe”, completou.