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Quem é o indicado para a diretoria de política monetária do BC

Mai 08, 2023

Por Caíque Lima, no DCM                                                                                                               

 Gabriel Galípolo, indicado por Fernando Haddad para assumir a diretoria de política monetária do Banco Central. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil                                                                                        

“Número 2” no Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo foi anunciado como indicado de Fernando Haddad para assumir a diretoria de política monetária do Banco Central. Integrante da equipe de transição do governo Lula, ele foi peça importante na campanha do petista para promover integração da gestão com o mercado.

Em abril do ano passado, ele participou de um jantar com empresários junto de Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, em evento organizado pela grupo Esfera Brasil. O encontro reuniu nomes do empresariado e do mercado financeiro, como André Esteves (BTG Pactual) e Abílio Diniz (Grupo Península).

De postura “fora da caixa”, ele é formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela PUC (Pontífice Universidade Católica), instituição onde também foi professor entre 2006 e 2012. Ele também já lecionou na FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo) e é pesquisador sênior do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).

Galípolo iniciou sua passagem na política em 2007, quando foi chefe da Assessoria Econômica da Secretaria de Transportes Metropolitanos no governo de José Serra (PSDB) em São Paulo. No ano seguinte, o economista foi diretor da Unidade de Estruturação de Projetos da Secretaria de Economia e Planejamento do estado de São Paulo.

Apesar de não ser filiado ao PT, ele tem relação com a sigla há mais de uma década: em 2010, o economista ajudou a construção do plano de governo de Aloizio Mercadante.

Entre 2017 e 2021, ele foi presidente do banco Fator, que tem experiência em parcerias público-privadas e programas de privatização. No período, ele conduziu estudos sobre a desestatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae). Em 2021, o banco que presidia e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) liberaram o leilão da estatal.

Junto do economista Luiz Gonzada Belluzzo, também desenvolvimentista, Galípolo escreveu três livros: Manda quem pode, obedece quem tem prejuízo (2017); A escassez na abundância capitalista (2019) e Dinheiro: o poder da abstração real (2021).

Ele e Haddad compartilham posições semelhantes sobre a economia e chegaram a escrever um artigo juntos sobre a criação de uma moeda do Mercosul para acelerar uma integração regional. Antes mesmo de integrar o governo Lula, ele já defendia o fim do teto de gastos.

                                                                                                                                   

 

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